quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma doce rotina


Não, eu não gosto de rotinas; e sequer acredito que se possa ser feliz repetindo atos sequenciados minuciosamente. Sou a favor de atitudes que inovem! Que repaginem uma alma, que alegrem quem está próximo, que preencha com cor auras tão cinzas que passam despercebidas, escondendo sua beleza.
De fato, não há como desprezar que, gostando ou não, todos possuem uma rotina. O motivo? Todos possuem responsabilidades (ou ao menos deveriam possuir). Mas em que momento ficou determinado que devemos nos acomodar e ofuscar o brilho que a vida irradia nas coisas mais simples?
Ao invés de usar óculos escuros, permita-se enxergá-las e passá-las a diante; quem sabe seja essa a melhor maneira de iluminar tudo o que é obscuro sem a necessidade de perder seu próprio brilho, sua própria luz.
Como fazer isso? Primeiro olhe pro seu lado, perceba quem está ali, SINTA quem está ali. E então sorria pra ele, sem a ambição de ser retribuído (já lhe disseram que os melhores sorrisos são aqueles conquistados espontaneamente? Sem a mínima pressão...). Não execute suas tarefas, VIVA suas tarefas - no mínimo o resultado será superior. Não espere por intervalos de tempo pra pensar em quem lhe faz bem, mantenha-os em seus pensamentos - dessa forma estarão sempre próximos a você. O tempo livre? Aproveite para ocupá-lo! Pode ser ocupado por sorrisos, por reflexões, por auto-questionamento... Ocupe-o como melhor julgar, apenas não o deixe escapar.
Se estiver apaixonado, reacenda essa paixão a todo instante; se for uma paixão secreta revele-a a você mesmo a todo momento até que perceba o momento de não mais encobri-la - 'tornar um amor real é expulsá-lo de você, pra que ele possa ser de alguém' (♪)
O mais importante? Não permita que conselhos tenham o controle sobre a sua vida, apenas viva! Viva e descubra suas próprias concepções, suas próprias receitas para adoçar sua rotina. Uma dica? Esqueça tudo o que aqui foi lido; se ainda assim tiver absorvido algo não é sinal que eu disse a coisa certa, mas que a sua própria personalidade encontrou em palavras organizadas o que está em você. Quanto a mim? Sequer uso nada disso ao pé da letra; sabe por quê? Porque estou a cada momento atenta a novos ingredientes pra adoçar a minha rotina, se eu me contentar apenas com todas as metáforas que aqui foram empregadas, deixarei de sentir como é saboroso esse doce gosto de se auto descobrir um pouco a cada dia.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Gosto.


Gosto de te olhar nos olhos, enxergo um refúgio na mesma intensidade que enxergo um inferno.
Gosto do seu olhar, me transmite tranquilidade na mesma intensidade que me transmite instabilidade.
Gosto disso. Dessa capacidade de me fazer atingir os extremos. Coisa de escorpiana, quem sabe.. Não me atraio por monotonia, por temperaturas mornas, meio termo só é viável em situações que se exija bom senso; do contrário me mantenho próxima dos extremos - ou gosto ou não gosto, ou quero ou ignoro, ou me entrego ou me reservo, ou sou... ou sou, porque não sei ser alguém que não eu mesma.
Sei ser persuasiva e até mesmo aparentar sobriedade, mas nunca fiz uso dessas capacidades (ou apenas não me recordo).
Não sei ser hipócrita, mas gosto de mistério, gosto do tímido mistério que o circunda - o suficiente pra manter constante a vontade de você. Gosto de tudo em você, e gosto de pensar que há muito a ser descoberto.
Na verdade, gosto de imaginar o dia em que não seja mais necessário encobrir com risos e descrição o quanto gosto de você - de uma maneira gritante e repleta de gargalhadas. Mas cuidado.. Decifrar-me é uma coisa, apenas não conclua porque eu posso (e quero) te surpreender! Disso? Gosto, e gosto extremamente.
Beijo gato.

paixão anônima.


Disfarçar o que sinto é como querer calar cada palavra que me vem a mente quando lhe vejo.
É estampar no rosto um tímido sorriso apenas pra silenciar toda a euforia que me habita quando estou ali, do seu lado.
É como respirar fundo para oxigenar todas as minhas células carregadas de endorfina pelo seu mais simples toque.
É fechar os olhos e cantar a mais bela canção aos sussurros como se cada verso fosse subliminarmente direcionado a você quando na verdade minha vontade é fazer ecoar para que todos saibam que são seus.
É desviar o olhar pra qualquer outro foco, mas ainda assim enxergá-lo em todos.
É lhe desejar boa noite controlando a ansiedade de tê-lo novamente, ali ao meu lado - é justamente o lugar que hoje reservo a você.
Disfarçar o que sinto é como querer desprezar o bem que você me faz, ou seja.. Já não consigo!
Não sei exatamente em que momento passei a me contentar com o pouco contato, com o tempo ao seu lado tão insuficiente pra suprir toda a saudade que se acumula.. Só sei que não quero mais abrir mão de nada disso, que foge da normalidade mas é a minha atual e bela realidade.