segunda-feira, 4 de outubro de 2010

'Vem cá, me deixa fugir, me beija a boca (♪)'


Como consegue desestruturar o até então tão bem estruturado? Desestabilizar o estável? Condensar o sólido? Como consegue dar às minhas complexas dúvidas as mais simples soluções?
'E quem quer saber? A vida é tão rara'...
Acredite! Foi você quem trouxe adrenalina ao monótono; calor a emoções mórbidas de tão frias; espontaneidade aos sorrisos; uma razão pra sentir e sentimento à razão. Algo ainda tênue, de singular delicadeza; de beleza tão doce que chega a ser artesanal. Ahh... Isso sim! És arte o que fez em mim.
Tornou-me uma nova tela, límpida o suficiente para receber os seus tons de alegria, e, por fim, retribuir-lhe a incrível sensação de descobrir a beleza do novo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

28.


28 dias para completar 4 anos.
18 anos presente, 4 anos de forma tão singular.
Há 1460 dias sinto saudades que crescem em progressão geométrica.
E, embora seja de tênue sabedoria dizer que o 'tempo é o melhor remédio', na prática ainda não obtive cura. Visto que de tal remédio já ingeri 1460 comprimidos.
E a cada comprimido, limitado em 24 horas, te senti em maior intensidade que no comprimido anterior.
35040 horas repletas de minutos ocupados por pensamentos. Pensamentos meus que são muito seus.
Me impressiona o quão ininterruptamente és personagem na minha vida.
Ainda assim a cada novo dia me surpreendo com a ímpar capacidade que possui: a de fazer-se presente mesmo quando ausente e manter-me com você ainda que o tempo passe e estejamos, geograficamente, tão distantes.
De todos os sentimentos que me habita, és sem dúvida o que mais me instiga a desvendá-lo.
Por quantos dias mais? É o que menos me preocupo. Me preocupo com o hoje, e conservo com zelo tudo o que hoje está consolidado. No fim de tudo fugiremos; para onde não importa,afinal somos por si só o destino um do outro (desde a maternidade, rs).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

euteamo.


O seu pedido foi um texto dedicado a você.
Como é bela a sua ingenuidade; tanto de mim dedico a você. Uma parte de mim é você! Por sinal uma parte muito especial.
Geneticamente somos primas de terceiro grau, o que muitos julgam sequer ser parentesco. Mas o que de verdade vale?
Será mesmo que todas as afinidades e intimidades, as brincadeiras e os desabafos, os olhares e as risadas, as travessuras e as responsabilidades, não compõem um valor tão genuíno e belo? Pois eu tenho certeza que sim. Penso que Deus nos fez primas, mas a vida nos fez irmãs (algo que certa vez disse à Dayane, mas que também se encaixa perfeitamente a você).
Juntas, somos grandes. Sabe, eu realmente me orgulho de você; do seu caráter, sua autenticidade. Me orgulho de fazer parte da sua vida, e me orgulho de tê-la comigo. Muito da minha felicidade devo a isso.
São os seus 15 anos, data essa classicamente especial às meninas. Infelizmente não pude estar presente e compartilhar esse momento com você. Peço-lhe desculpas por isso, sabemos o quanto tentei estar aí; mas de certa forma estou. Mesmo na distância a tenho comigo, e creio na reciprocidade.
Parabéns, não somente pelo dia de hoje. Parabéns por quem és. Por sua humanidade, por sua simplicidade. Por tudo o que desperta naqueles que a circundam, desde os verdadeiros sorrisos até a insaciável saudade.
Eu te amo, de forma singular. Sentimento esse que não discrimina, não se limita, e me motiva a ser uma pessoa melhor. Te agradeço por isso. Te agradeço por tornar o pouco em tudo; compreende que não necessito de nada mais do que a sua companhia para fazer das minhas viagens à Boa Ventura as mais especiais? Sem restrição alguma à localidade, diga-se de passagem. Pois contanto que esteja comigo, irei a diante. Sempre.
Minha irmã caçula de sangue caipira e malandragem carioca.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

I'm playing, I'm feelling


Faço jogo com as palavras. As uso verdadeiramente, sem jogo algum. Expresso o que queria tanto lhe dizer. Expresso o que sequer lhe diria. Me visto em palavras. Abro mão delas, logo em seguida. Respiro fundo na ambição de uma mínima porção de paz. Deixo de respirar por singelos momentos, quem sabe assim o pensamento encontre um foco alternativo . Ocupo-me das mais variadas formas. Permito-me ter liberdade. Usufruo dessa liberdade. E quando os pensamentos voltam a focar você, a liberdade é dispersada. Ou não?
Talvez não. Talvez os momentos em que ocupa meus pensamentos, sejam os de maior liberdade, os de paz em seu estado mais puro. Tanto que sequer as sinto, pois estão leves, leves demais. Tal leveza contrasta com a intensidade em que sinto bem-estar; seja serotonina, seja endorfina... Seja o que for, é simplesmente você que desperta.
E então enxergo minhas atitudes mescladas a paradoxos e antíteses. Vou de lágrimas a sorrisos em curtos espaços de tempo. Ora estou elétrica, ora estou inerte. Penso demais e não ajo. Simplesmente não penso... e ainda assim, não ajo.
Quanta tolice. Ou simplesmente, quanto prazer. Prazer em atingir extremos. De rir da própria situação. De chorar sozinha, e se reerguer sozinha. É um prazer perceber que apesar de tanto lhe desejar, aprendo a ser cada vez mais independente. Pois além de sentimentos, possuo auto-controle.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

I just realized...


'Um dia se aprende que uma decepção, por mais dolorosa que seja, te faz crescer. E a tendência é sempre evoluir, ainda que os sentimentos sejam mantidos o que vale é se lembrar do que ficou de bom, e o que te fez mal? Releve. Muitas vezes sábio é aquele que não guarda rancor, ainda que alimente para si mesmo a esperança de que amanhã possa ser diferente. A maior verdade é que com amor não se brinca, mesmo que tenham brincado com o seu'.
Certa vez foram essas as palavras que usei para expressar o que estava me ocorrendo naquele momento. Sim, já faz um tempo. Mas é bom perceber que o meu ponto de vista não mudou; perceber que a vida segue e evidencia que a melhor maneira de evoluir é não se apegar ao que um dia lhe fez mal, desculpar sem rancor, manter a fé de que nada melhor como um dia pós dia; permitir-se viver momentos e pessoas que de certa forma sempre estiveram presentes, mas nunca receberam a merecida atenção. Permitir-se sentir tudo aquilo que, até involuntariamente, se privou de sentir.
Todas as vezes em que quis mudar, não alcancei êxito. Pois, embora querer seja a base de qualquer mudança, nada vale quando a mesma é outorgada.
A alternativa foi a democracia com o meu próprio eu - quando concedi liberdade de expressão a todos os âmbitos, do racional ao emocional, do fisiológico ao psicológico; tudo tornou-se mais simples. Como se, instantaneamente, somente as boas lembranças, as experiências positivas, os sorrisos e os motivos dos mesmos, os sentimentos singelos e, agora livres de frustrações, tivessem sido endocitados (permitindo-me o uso da analogia...). Tudo aquilo que me motivou a querer mudar, foi disperso. De tal modo que sequer sou capaz de imaginar um possível destino para tal, e tampouco desejaria reencontrar minhas mágoas passadas, por uma razão de fácil compreensão - está aberta a temporada de inovação, de [re]novação.
Não, eu não fugi. Decretei auto-liberdade..
De forma alguma permiti que o medo se instalasse. Enfrentei, e percebi que a real coragem é reconhecer o que se quer; é abrir mão de tudo o que há tempos não merece suas esperanças; coragem é reconhecer que o que não mais lhe faz bem, é dispensável.
Não me tornei invulnerável a novas decepções, tampouco a novas mágoas. Mas,aceitei que experiências são necessárias pra qualquer que seja a superação. Superação de verdade, não aquela que se limita a se privar de sentir novamente, mas aquela em que a superação é consigo próprio - onde todos os fatores adversos não são capazes de lhe desestruturar, porque, acredite, você se tornou mais forte, se tornou mais especial aos seus próprios olhos, e finalmente compreendeu que você pode ser muito mais sendo apenas você mesmo.
E, enfim, aprende que mudanças acontecem, não são impostas. E aceitá-las? É evolução.

(Obrigada por sua grande participação... :*

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Conceito 'A'


Me surpreende como as responsabilidades muitas vezes tem o poder de afastar pessoas tão queridas, tão importantes.
Por quantas vezes certas vontades são ignoradas por conta de um mero pedaço de papel "avaliador" do meu conhecimento.
Quantas vezes abri mão de sorrisos garantidos em uma noite com os meus amigos por dias e noites de estudo visando um objetivo, hoje alcançado - e se valeu a pena? Valeu, e vale a cada instante. Por mais tédio e cansaço que possam tomar-me conta em determinados momentos, o valor do reconhecimento é sempre um aliado, é sempre o melhor calmante na mesma dose em que é um eficaz energético - sim, energia é essencial. Desde a sua minuciosa compreensão dos processos de sua produção a nível celular, até o seu excessivo gasto rotineiro.
Entretanto, não há um dia sequer em que eu deixe de pensar no bem imensurável que sinto ao estar com um real amigo, por mais simples que seja a situação é sempre de grande valor; e suficiente para renovar a tão necessária energia. Afinal de contas, por mais compensador que seja alcançar um ou outro objetivo, é incontestavelmente melhor perceber que apesar de tantos momentos em que não estive presente, um verdadeiro amigo lhe recebe sempre de braços abertos, com um enorme sorriso esculpido em seu rosto que simultaneamente desperta em você a certeza de não importa o quão suficiente seja o seu desempenho, ou o quão desesperada esteja. Nada importa naquele breve momento que você aproveita até o último milésimo de segundo - aquele momento em que não é o seu conhecimento que está sendo avaliado. Sequer há um avaliador. Há somente um amigo que lhe permite reacreditar a cada instante, que nenhum reconhecimento acadêmico substituirá o sabor de conquista proporcionado por um amor onde um olhar é suficiente para aprová-lo com o mais alto conceito.

sábado, 17 de julho de 2010

A faceta indigna do belo..


Como seria bom se por um momento enxergasse meus sentimentos. Se ao menos por um instante não limitasse minha descrição à 'meiga'.
Bom mesmo seria se por um momento percebesse o quão humana sou, e talvez essa seja a única justificativa de ser tão vulnerável aos meus sentimentos.
Agora, se por um momento eu deixasse de lado as minhas expectativas e pusesse em prática as minhas vontades ainda tão reservadas, aí sim, nesse momento não desperdiçaria a oportunidade de ser direta ao invés de subliminar, de dizer a beleza que enxergo em você - muito além do fenótipo -, de dizer tudo o que é pra ser dito; porque sinceramente desacredito que seja saudável reprimir tudo aquilo que naturalmente deveria ser exposto. E, realmente, tenho conhecimento que não permanecerei sendo esse alguém tão introspectiva por muito mais tempo; porque ainda que não seja a primeira vez que calo bruscamente tudo aquilo que tem voz própria, também não é a primeira vez que reconheço que chega o momento onde o amor próprio é o responsável por fazê-lo desprezar suas vontades, simplesmente, porque pode-se ser alguém muito maior quando se pratica a auto liberdade, quando você é o autor da própria carta de alforria - aquele inesperado momento em que você liga o 'foda-se' é posto em prática, porque torna-se indigno guardar pra si sentimentos tão verdadeiros e necessitados de resposta.